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Em períodos de crise política e institucional, refletir sobre os desafios múltiplos do princípio da gestão democrática na educação parece, ao mesmo tempo, desafiante e estimulante. Desafiante, pois o olhar sobre os aspectos da gestão do sistema de ensino e do chão da escola parecem reforçar razões da fragilidade da cultura democrática no Brasil. Mas, ao mesmo tempo, estimulante, pois reafirma a urgência cotidiana de institucionalidade democrática, não apenas no âmbito do sistema de governo, mas especialmente na prática cotidiana. Este livro é para ser lido por quem acredita que os conceitos de educação e democracia são indissociáveis e quem aceita o desafio de ver essa relação florescer na biblioteca das escolas, no protagonismo dos estudantes como sujeitos dos processos escolares, no diálogo entre os diferentes segmentos e na organização do sistema de ensino de forma pública e transparente. Retomar o debate da gestão democrática em tempos de intolerância e de pouco espírito republicano é um convite à esperança. A leitura é obrigatória! Prof.a Dr.a Andréa Barbosa Gouveia

A seca é apenas um evento climático de origem natural ou também é um desastre social, que tem forte impacto na saúde, no bem-estar e no desenvolvimento humano? Esse é um dos principais pontos de Seca Silenciosa, Saúde Invisível: um desastre naturalizado no Semiárido do Brasil, obra escrita pelas pesquisadoras Aderita Ricarda Martins de Sena e Tais de Moura Ariza Alpino. O livro aborda questões específicas do evento climático de seca, com ênfase no Semiárido do Brasil (SAB). Durante as pesquisas, as autoras observaram os efeitos da seca sobre a sociedade e sobre os determinantes da saúde, considerando os contextos do desenvolvimento sustentável ambiental, econômico e social. Além disso, as escritoras caracterizam a seca como um fenômeno ambiental que evolui de forma lenta e silenciosa, o que não motiva a agir de forma urgente: “Trata-se de uma situação diferente de outros tipos de eventos climáticos que surgem de forma aguda e intensiva, como, por exemplo, as inundações, que recebem uma resposta imediata”, complementa Carlos Corvalan, doutor em Saúde Ambiental e professor adjunto da Escola de Saúde Pública da Universidade de Sydney (Austrália), no prefácio da obra. Dessa forma, elas constataram que o setor da Saúde se torna invisível em suas respostas por não perceber os efeitos a curto prazo, deixando, assim, de agir urgentemente.

A obra oferece introspecções intelectuais e extrospecções didáticas dos autores nas diversas áreas do conhecimento imersos nos fazeres docentes e aprendizagens discentes enquanto resultados de pesquisas e experiências educacionais. Com isso, o estudo exarado nos capítulos, a presente publicação contribui com textos que versam de algum modo, direta ou indiretamente, a educação e o ensino numa perspectiva da teoria ou pela prática pedagógica com a intenção de trazer ideias interdisciplinares e questionamentos para incentivar o debate a respeito do ensino e da aprendizagem. Tudo isso se revela por meio de novos e múltiplos olhares interdisciplinares na educação e articulados pelos conhecimentos teóricos aos práticos, possibilitando ampliar e significar os múltiplos saberes para Pensar e Fazer a Educação.

A presente obra reúne capítulos das diversas áreas do conhecimento e, de modo multidisciplinar, apresentam diversas manifestações do processo de ensino e aprendizagem com análise das suas expressões por meio das tecnologias educacionais, direitos humanos, linguagens, artes, recursos e discursos interdisciplinares oriundos de pesquisas em percurso ou já finalizadas em todos os diferentes níveis de escolaridade. Os capítulos apresentam pressupostos teórico-metodológicos das experiências em sala de aula ou fora dela com análises e interfaces da relação entre a formação para o ensino e a aprendizagem.

O livro traz catorze capítulos com estudos sobre bandas de música em doze estados brasileiros. Pesquisadores de todas as regiões do país dedicaram-se acerca do repertório, história, ensino, performance e tantas outras questões dessa importante manifestação musical da cultura brasileira. O leitor poderá mergulhar na cultura e na prática bandística por diferentes perspectivas e em diferentes contextos.

Em períodos de crise política e institucional, refletir sobre os desafios múltiplos do princípio da gestão democrática na educação parece, ao mesmo tempo, desafiante e estimulante. Desafiante, pois o olhar sobre os aspectos da gestão do sistema de ensino e do chão da escola parecem reforçar razões da fragilidade da cultura democrática no Brasil. Mas, ao mesmo tempo, estimulante, pois reafirma a urgência cotidiana de institucionalidade democrática, não apenas no âmbito do sistema de governo, mas especialmente na prática cotidiana. Este livro é para ser lido por quem acredita que os conceitos de educação e democracia são indissociáveis e quem aceita o desafio de ver essa relação florescer na biblioteca das escolas, no protagonismo dos estudantes como sujeitos dos processos escolares, no diálogo entre os diferentes segmentos e na organização do sistema de ensino de forma pública e transparente. Retomar o debate da gestão democrática em tempos de intolerância e de pouco espírito republicano é um convite à esperança. A leitura é obrigatória! Prof.a Dr.a Andréa Barbosa Gouveia