Dicionário de Mulheres Paraibanas
Mulheres paraibanas costumeiramente foram protagonistas de suas histórias de vida. Elas aparecem neste dicionário, com suas trajetórias narradas na forma de verbetes, que biografam vidas das mais diversas. Algumas podem ser mencionadas, como Zezita Matos, professora e atriz; Anna Ignácia e Gertrudes Maria, mulheres negras escravizadas; Zênia Chaves, dirigente sindical; Ana Maria de Oliveira, radialista e cantora; Violeta Formiga, poeta e professora, vítima de feminicídio; Andreína Gama, travesti e ativista; Ana Adelaide Peixoto, professora e escritora. Enfim, trata-se das trajetórias de vida de quase duas centenas de mulheres que, por seu protagonismo, poderíamos identificá-las como Mandonas, pois, apesar dos limites sociais e culturais, elas protagonizaram, mais do que se deixaram levar, e definiram seus destinos, mais do que foram definidas. Em geral, ser chamada de “mandona” tem sido considerado uma desqualificação, como se as mulheres não pudessem mandar, dirigir, coordenar e decidir. Este dicionário está repleto de mulheres que se destacaram e se destacam por seus protagonismos, e que também buscaram formas de auxiliar outras pessoas na condução das suas existências, dentro das possibilidades dadas por seus contextos específicos. A leitura deste dicionário é um convite para que outras tantas mulheres venham a se tornar também Mandonas. Joana Maria Pedro Universidade Federal de Santa Catarina