Violência de gênero e educação: uma análise sobre a fenomenologia da violência contra a mulher no contexto de instituições de ensino superior de Manaus – Amazonas
O presente estudo tem como objetivo, analisar a fenomenologia da violência contra a mulher no contexto de instituições do ensino superior de Manaus – Amazonas. E especificamente, caracterizar os perfis das vítimas e os determinantes da violência doméstica contra a mulher na Amazônia, estabelecer os pressupostos que articulam o aumento de casos de violência doméstica no contexto da pandemia de covid-19, diante da necessidade de isolamento social, entender a dinâmica de situações de violência doméstica havidas no recorte de mulheres com nível superior. Para tanto, foi adotada a metodologia de pesquisa qualitativa, exploratória, utilizando-se de pesquisa bibliográfica como fundamento da investigação para obter as informações indispensáveis à construção do panorama pretendido e pesquisa de campo, com coleta de dados através de questionário semiestruturado. Foram selecionadas 67 (total) de mulheres entre 20 e 65 anos de idade, de Manaus – Amazonas, que possuam graduação mínima de Ensino Superior. Considerando toda pesquisa levantada, a violência doméstica e familiar constitui-se, portanto, em uma das mais inaceitáveis formas de violência dos direitos das mulheres, por negar-lhes, principalmente, o exercício do direito à vida, à liberdade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Pois fica evidente que a percepção dada por mulheres cujo grau de escolaridade é considerado alto, é notado o espelho de uma cultura machista e patriarcal. Infelizmente, nota-se que a respeito das causas da violência, deve-se que a violência doméstica e familiar contra a mulher é uma violência baseada no gênero, no que diz respeito à percepção acerca das diferenças entre os sexos que culmina na construção de distintos significados culturais conferidos às figuras da mulher e do homem, significados aos quais são associadas diferentes posições hierárquicas na sociedade. Portanto, as desigualdades de gênero, sejam elas sociais, políticas, econômicas, ou culturais, mesmo que percebidas pelo sujeito mulher em relação a outra pessoa do mesmo gênero, também são responsáveis pela idealização da violência doméstica.