Um estudo das fotos vencedoras do prêmio Vladimir Herzog de anistia e direitos humanos
O intuito desta dissertação é discutir o impacto que a veiculação de certas imagens, sobretudo da fotografia, provocam na sociedade, a partir do momento em que a imagem mecânica pode ser pensada como testemunho da violação e do desrespeito à cidadania. A discussão tem como objeto de estudo fotografias que receberam o prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo. Inicialmente, se produz uma retrospectiva da história e importância do advento da fotografia para a sociedade, traçando um paralelo com a afirmação histórica dos Direitos Humanos. Em seguida, é feito um breve panorama da situação política brasileira que provocou a morte do jornalista Vladimir Herzog em 1975, fato que marcou o início do fim do regime militar, tendo como resultado a criação do prêmio de jornalismo em 1979. Na parte de análise das fotos ficou constatada a força documental das imagens que se tornaram provas da violação de Direitos. A conclusão é na verdade uma comprovação, através de imagens que contam 25 anos de Brasil, de que com o fim da ditadura militar a tortura apenas migrou de alvo. A sociedade, como os povos antigos, produz grupos de pessoas torturáveis ou sacrificáveis.