Search

Archaeological theory has gone through a great upheaval in the last 50 years – from the processual theory, which wanted to make archaeology more "scientific" to post-processual theory, which understands that interpreting human behavior (even of past cultures) is a subjective study. This subjective approach incorporates a plurality of readings, thereby implying that different interpretations are always possible, allowing us to modify and change our ideas under the light of new information and/or interpretive frameworks. In this way, interpretations form a continuous flow of transformation and change, and thus archaeologists do not uncover a real past but rather construct a historical past or a narrative of the past. Post-processual theory also incorporates a conscious and explicit political interest on the past of the scholar and the subject. This includes fields and topics such as gender issues, ethnicity, class, landscapes, and consumption. This reflects a conscious attempt to also decentralize the discipline, from an imperialist point of view to an empowering one. Method and theory also means being politically aware and engaged to incorporate diverse critical approaches to improve understanding of the past and the present. This book focuses on the fundamental theoretical issues found in the discipline and thus both engages and represents the very rich plurality of the post-processual approach to archaeology. The book is divided into four sections: Issues in Archaeological Theory, Archaeological Theory and Method in Action, Space and Power in Material Culture, and Images as Material Discourse.

O estrondoso sucesso dos filmes de Indiana Jones ajudou a consolidar a ideia do arqueólogo como um romântico aventureiro. Este livro mostra que, descontada a magia típica do cinema, tal imagem popular tem mesmo um fundo de verdade. Mais do que simplesmente "cavar buracos" para descobrir objetos antigos, a Arqueologia é uma ciência com métodos próprios que desenvolve sobretudo a capacidade de "ler" o que nos dizem os vestígios encontrados. O autor revela em linguagem acessível como agem e pensam os arqueólogos e quais os caminhos para quem quer se tornar arqueólogo no Brasil. Demonstra que essa é uma profissão que exige certo esforço físico e disponibilidade diante dos desafios do desconhecido - dois ingredientes indispensáveis, afinal, a toda grande aventura.

Os serviços cemiteriais e funerários foram declarados serviços públicos municipais pelo STF (ADI 1221, Plenário, Rel.: Min. Carlos Velloso, Julg.: 09/10/2003), tendo em vista o disposto no art. 30, inc. V, da Constituição da República. Apesar dessa decisão, ainda há questionamentos doutrinários a respeito da constitucionalidade de leis municipais que lhes atribuem o caráter de serviço público, bem como quanto à forma de prestação dos serviços que ainda são de titularidade estatal e se dão mediante concessão ou permissão. O fundamento para que os serviços cemiteriais e funerários sejam de competência municipal relaciona-se à concepção de interesse local, pois é nesse âmbito que se desenvolvem a confecção de caixões, a organização de velórios, o transporte de cadáveres e a administração de cemitérios. Diante das divergências ainda existentes e da escassa doutrina a respeito do tema, o Grupo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Direito Administrativo Contemporâneo (GDAC) escolheu pesquisar, durante o ano de 2021, o tema que culminou na presente obra. Sendo assim, apresentam-se ao público os artigos elaborados pelos membros do GDAC sobre serviços públicos cemiteriais e funerários. Com este sétimo livro, o GDAC mantém seu ideal de produzir pesquisas com elevado grau de ineditismo. Agradeço aos membros participantes desta obra e os parabenizo pelo belo resultado final.

Palmares e Zumbi são nomes presentes em nosso cotidiano, das escolas de samba aos livros didáticos. Esse volume mostra que, desde a época do quilombo, são os interesses e angústias do presente que determinam as leituras dessa experiência social ainda marcante no imaginário dos brasileiros.

A diversidade cultural tem despertado grande interesse no cenário político mundial. A crescente importância do tema e o reconhecimento da pluralidade de bens culturais suscitaram até mesmo reformulações nas diretrizes curriculares do ensino de história no Brasil. Levando isso em conta, o presente volume instiga o leitor a refletir sobre as múltiplas facetas do patrimônio histórico e cultural, discutindo alternativas para sua preservação através do desenvolvimento sustentável.

Esta obra busca desafiar a abordagem da temática da morte a partir de estudos de caso e de discussões teóricas, que possibilitam ultrapassar o mal-estar em relação ao tema para reencontrá-lo como um objeto privilegiado, a partir do qual é possível compreender nossa própria sociedade. A abordagem da morte em diferentes culturas, temporalidades e espacialidades ajuda a problematizar o objeto de estudo demonstrando sua variedade semântica e desafiando o leitor a reelaborar seus próprios conceitos (e temores) sobre o tema. Sabemos, pois, que a morte das pessoas nos recorda a finitude e a fragilidade do presente. Mas também pode constituir-se na celebração do devir humano, do viver a partir da ação que se inicia no instante que se passou e se projeta para o futuro. O presente, assim, carrega consigo seus mortos para se projetar, enquanto possibilidade, no mundo do que ainda não foi trazido à existência.

Antonio Conselheiro por ele mesmo é um belíssimo box, composto por dois volumes, que irão desmistificar tudo o que você pensa ou conhece sobre esse personagem da história do Brasil. O volume 1, Apontamentos dos Preceitos da Divina Lei de Nosso Senhor Jesus Cristo, para a Salvação dos Homens, de autoria do próprio Antonio Conselheiro, conta com uma coletânea de reflexões sobre temas variados, de matiz fundamentalmente religioso, escrito durante a época em que era líder do vilarejo que ele batizou como Belo Monte. O volume 2, de autoria de Pedro Lima Vasconcellos, Arqueologia de um Monumento – Os Apontamentos de Antonio Conselheiro, apresenta um estudo sobre o conteúdo das reflexões de Conselheiro, mostradas no volume 1.

Junto à capacidade de produzir e transmitir cultura, a experiência religiosa é a marca mais distintiva da humanidade. E isso desde os primórdios. Registros de dezenas de milhares de anos já retratavam a fé em deuses e cultos. Esta obra dedica-se a algumas das mais interessantes e marcantes religiões que deixaram de existir ou quase desapareceram. São pequenas pérolas, escritas por especialistas, que convidam o leitor a viagens mais profundas pelos domínios de deuses tão diversos como An, Ra, Zeus, Thor e Huitzilopochtli. Cada capítulo apresenta um panorama da época em que a religião era praticada e o seu papel na sociedade. Isso, claro, recheado com os principais ritos e crenças, sempre em linguagem clara e direta. Aceito o convite, o leitor encontrará parte da sua própria história, mas também se deparará com facetas desconhecidas de seus próprios sentimentos e emoções.

Usos do passado, ética e negacionismos, incide sobre um dos maiores problemas enfrentados pelos historiadores e historiadoras na atualidade, a saber, a deslegitimação gradual que a produção científica do saber histórico vem sofrendo a partir da influência de grupos ligados à extrema direita. A crise de autoridade epistêmica que, segundo muitos especialistas, acomete não só a história como outros campos do saber acadêmico, exige respostas que envolvam simultaneamente aspectos epistemológicos e éticos. Os textos do livro contemplam reflexões emergentes da relação da atuação historiadora na pesquisa, na docência e nas atividades desenvolvidas junto à comunidade não acadêmica. Soma-se a isso o compromisso ético e político com a memória dos mortos e com as demandas de homens e mulheres do presente.

A mostra Vaga-Lume foi idealizada e organizada pela professora Maria Lucia Cattani em parceria com o LIMIA (Laboratório de Infografia e Multimeios do PPGAV), o Programa de Pós-Graduação, o Instituto de Artes e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Teve como principais objetivos contribuir com as reflexões sobre a questão do vídeo, estimular a criação artística e incentivar a produção de videoarte de alunos do Instituto de Artes da UFRGS, assim como sua divulgação junto à comunidade acadêmica e público em geral. Em todas edições, participaram alunos inscritos, professores e artistas convidados que já tinham um trabalho relacionado com o vídeo. Ao final de cada evento foi realizado um debate aberto à comunidade entre os participantes e professores – algumas vezes com convidados como Giba Assis Brasil e Marta Biavaschi. O logotipo era trocado a cada ano, assim como o bolsista que auxiliava a professora Maria Lucia Cattani e novos artistas convidados: Terry Smith, Joacélio Batista, Emilio Martinez, Bia Santos, Antônio Pasolini, Milton Machado, Keir Williams, André Parente e Leila Danziger. A importância da mostra pode ser percebida pelos nomes de grandes artistas que trabalham e estudam a linguagem do audiovisual. Entre os vencedores do Vagalito estão Gabriela Cavalheiro, James Zortéa, Carolina Breda, Romano Corá, Thiago Martini, Rafael Pagatini, Antônio Dora, Lidiel Berriel, Romy Pocztaruk, Denis Nicola, Janete Nedel, Néfer Kroll, Marco Antônio Schmith de Arruda, Diego Kasper Cardoso, Letícia Bertagna, Carlos Eduardo Galon, Regina Veiga e Gustavo Lucian Plufgseder. Ao longo das dez edições da mostra Vaga-Lume, foram contabilizados: 186 alunos, 9 bolsistas, 13 professores, 11 artistas convidados, 238 vídeos, 8 publicações de catálogos arquivados na Biblioteca do Instituto de Artes, 500 horas de apresentações na Pinacoteca do Instituto de Artes e mais de 2500 espectadores presentes durante os dez anos de evento. [Texto de Pedro Cupertino]