Livro dos sonetos
Vate de nomeada, galardoado em 1981 com o Troféu Juca Pato e aclamado, dez anos depois, Príncipe dos Poetas Brasileiros, Paulo Bomfim renasce agora, de outro mito, sem que houvera antiteticamente morrido ao fim do último verso. Imortal pelas ''obras valerosas'', ei-lo, no dizer de Lygia Fagundes Telles, ''galopando ou navegando pelos sonetos em estado de puro deslumbramento''. Esta parúsia do bardo paulistano, que tanta honra trouxe a Amaral Gurgel Editorial S.R.L., Madrid, é a prova cabal de que ''Clothos'', ''Lachesis'' e ''Athropos'' são ludibriadas a cada dia por estrelas cuja paralaxe não podem determinar, razão por que lhes escapam ao fio. Paulo Bomfim é astro alheio às ''Fates'', e esta obra revela a profundidade e elegância de seu pensamento, bem como as delícias de acompanhá-lo num cálice de águas vertidas da fonte de Hipocrene.