Construção e validação de instrumentos de avaliação
Nas últimas décadas do século passado e nas primeiras do século XXI, a incessante busca pela qualidade nas várias atividades de produção e serviços voltados para a sociedade em geral tem sido monitorada e atestada por estudos, processos e práticas avaliativas. A versatilidade da avaliação em prover serviços a vários campos e disciplinas a torna transdisciplinar, ou seja, “uma disciplina-ferramenta como a lógica, o design, a estatística, que pode ser aplicada a uma diversidade de áreas de atividade humana, investigativa e criativa, ao mesmo tempo em que mantém a autonomia de uma disciplina independente”, como afirmara Scriven (1991, p.1) no início da década de 1990. Essa diversidade de aplicações da avaliação a diferentes áreas do conhecimento vem acompanhada da necessária coleta de dados e evidências capazes de sustentar um julgamento de valor. O julgamento se baseia, assim, nos dados da realidade focalizada. Esta é a essência da avaliação – julgar o valor de um determinado objeto, aquilatar lhe a qualidade ou suas características intrínsecas, no dizer de Scriven (1991). Para a efetivação desse papel, a avaliação se vale de instrumentos específicos, na quase totalidade dos casos especialmente construídos para cada estudo, cada avaliação.