Morfologias do Tempo
Este trabalho é uma exploração pessoal de problemáticas vinculadas ao tempo no sentido, examinado à luz da semiótica greimasiana. Está organizado em três partes assimétricas: 1) semiótica morfodinâmica, semiótica tensiva e semiótica sob oléxico. Na primeira, resgatamos as implicações recíprocas entre essa corrente semiótica e a morfodinâmica inspirada em René Thom, reorientando-as, todavia, em direção à questão do tempo. Isso nos leva a tematizar pontos de contato entre aepistemologiageral e a das ciências da linguagem, como a noção de “forma”, as relações entre corpo e linguagem, entre partes e todo. Fechamos essa primeira parte com uma ilustração de como se pode esquematizar pelo método morfodinâmico essaregiãoconceptual específica, a da modalidade epistêmica, velha conhecida dos estudiosos do sentido. A segunda parte, após descrever um breve panorama histórico da tradição herdada pela semiótica, introduz uma série de reinterpretações, com basenasrecentes propostas atinentes à tensividade, de pontos problemáticos tais como: as ligações expressão-conteúdo, os modos de predicação implicativos e concessivos, a simplicidade e a complexidade epistemológicas. Pelo caminho, expomos algumasdasperspectivas abertas pla hipótese tensiva da imbricação de andamento, espaço e duração enquanto grandezas “figuras” (Claude Zilberberg), ou seja, situadas em profundidade na geração do sentido. A terceira parte, enfim, traz u.