Estrangeira
Nova Iorque, cidade cinematográfica, no olhar de Berenice, uma paraíba, como ela gosta de ser chamada, perde seu glamour. A cidade dos musicais e do Wall Street convive com níveis de miséria econômica e existencial que estão fora dos guias turísticos . A vida dos imigrantes, dos sem-teto, as jornadas de trabalho que remetem ao período inicial do capitalismo, nos diz- é preciso ser destituído de qualquer projeto social mais humano para se supor que do capitalismo, materializado na arrogância dos m ilionários nova-iorquinos, possa surgir algo novo. Ao mesmo tempo, o livro é uma homenagem aos imigrantes que constroem aquela cidade transformando suas paisagens, misturando línguas e corpos.