Da viagem à juventude à guerra colonial em Moçambique até ao presente
As peripécias de uma vida, recordadas com alguma saudade, por António Ferreira de Castro, neste livro, transporta o leitor para um mundo que já não pertence ao presente, pelo contrário, longe de um espetro que jamais deverá ser cíclico. Cuja confiança que aqui deposita o levou a perpetuá-las. Para o leitor curioso ou que também ingressou nas fileiras do ultramar, fica aqui um pequeno trecho, tirado da obra que possivelmente lhe será familiar. “Com alguma astúcia e responsabilidade, e acima de tudo com absoluta solidariedade com os camaradas que estavam em apuros, resolveu receber tudo, tendo muitas vezes que enfiar a cabeça dentro do recetor, para isso teve que subir para cima da mesa, e tentar perceber os sinais de morse, e sem engano, pois muitas vezes bastava uma alteração numa letra e desvirtua o sentido da mensagem. Quando saiu do serviço às 8 horas, tinha a noção que tinha cumprido com o seu dever, pois se caso não tivesse feito o que fez, talvez seria pior para os militares que foram apanhados na emboscada.” A luta vale sempre a pena, com luta podes vencer, e sem ela nada consegues. Isto aplica-se a tudo na vida de uma pessoa. CASTRO, António Ferreira de, in da Viagem à Juventude à Guerra Colonial em Moçambique até ao Presente. Fl 35/36