A presente obra está organizada em três partes. A primeira, de autoria
de Ângelo Ilha da Silva, procede a uma investigação comparativa sobre
a capacidade penal nos códigos penais português e brasileiro, amparado
nos aportes neurocientíficos mais atuais. A segunda, a cargo de Fernando
Almeida e de Fernando Vieira, consiste em um estudo acerca da (in)
imputabilidade em Portugal. Por fim, a terceira parte, empreendida por Jorge
Trindade, formula algumas considerações em caráter ainda preliminar sobre
a diferença entre inimputabilidade e incapacidade adjudicativa, concebida
como a falta de condições psicológicas de ser parte passiva em um processo
penal válido, em uma perspectiva, por um lado, inovadora, mas, por outro,
imprescindível diante a problemática que se coloca, com repercussões que
não podem ser desconsideradas na praxis jurídica.
As três partes que compõem este livro possuem um denominador
comum que vem expresso pelos aspectos psicológicos que são subjacentes
ao tema jurídico da (in)imputabilidade. Ademais, envidam ofertar as
concepções mais atuais, não obstante a velocidade que se observa nas
pesquisas neurocientíficas.