A arte, em seu prodigioso universo de possibilidades,
modalidades e códigos, vem demonstrando desempenho
progressivo na formação de crianças, jovens e adultos, seja
no âmbito escolar ou em ambientes não formais de ensino e
aprendizagem, pois não apenas favorece as habilidades cognitivas como fortalece a dimensão emocional fundamental aos
percursos formativos. Assim, à arte é intrínseca toda plataforma de expressão e criação de conhecimento. Compreendido,
então, o seu papel como basilar nas realizações, representações
e demais manifestações das culturas é indispensável frente aos
desafios e questionamentos de normas sociais e políticas, por
sua vez, indispensáveis à justiça social.
A obra de arte, observada na vertigem da história ou compreendida na agudeza do presente, entre tantas leituras e compreensões, permanece sendo a produção humana geradora do inédito e
singular, mesmo quando se configura múltipla, serial e fragmentária, contudo, em trânsito direto para o horizonte da alteridade.
Dentre todas as possibilidades de plasmar o impulso poético, se
destacaria a obra de arte quando inseparável da visualidade, então
proeminência desafiadora na topologia da contemporaneidade,
tempos marcados pela intensidade do jogo visual no qual as realidades se diluem e a imaginação ganha materialidade e enunciado.